Cirurgia de dentes inclusos (Siso)

Os terceiros molares (conhecidos como dentes do siso ou do juízo) são, normalmente, os 4 últimos dentes a nascer nos seres humanos, entre os 16 e 25 anos de idade. Como o terceiro molar é o último dente a erupcionar, e geralmente não há espaço nascer, se tornam inclusos. é necessário fazer um exame de imagem como radiografia ou tomografia computadorizada para avaliar a necessidade de uma intervenção cirúrgica.
Thalles Diniz

Nem todas as pessoas apresentam os terceiros molares (dentes do siso), ou podem ainda não apresentar todos os quatro. Porém quando apresentam, geralmente eles encontram-se, rotineiramente, fora de posição, devido a falta de espaço para os mesmos. É possível que, em alguns casos ,os dentes sisos nem cheguem a irupcionar, ficando assim totalmente retidos ou inclusos dentro do osso. São ditos semi inclusos quando apresentam-se parcialmente irupcionados.

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 Quando impactados (travados) nos dentes vizinhos podem tornar-se inflamados e diversos transtornos poderão se seguir após este fenômeno. A inflamação do tecido gengival que cobre parte do dente semi-incluso é chamada de pericoronarite e está frequentemente relacionada a severos transtornos causados para o paciente, como dor severa, inchaço e dificuldade de abertura da boca e mastigação. O dente do siso, por ser um dente de difícil higienização, facilmente poderá ser também acometido por cáries.

Os dentes do siso quando se tornam inclusos, principalmente no arco inferior (mandíbula) podem relacionarem-se ao aparecimento de cistos e tumores. Este é um fenômeno relativamente comum e fator preponderante na escolha pela sua remoção de forma preventiva.

Como medida de prevenção os pacientes, especialmente aqueles em idade juvenil, deveriam realizar exames de imagem sempre que suspeitassem da possibilidade de retenção destes dentes. É importante que o diagnóstico seja precoce e o estudo da necessidade da remoção destes dentes seja feito na fase em que os mesmos encontrem-se ainda em desenvolvimento. 

A erupção dos dentes dos sisos ocorre por volta dos 17 aos 20 anos de idade e é exatamente nesta fase que a cirurgia apresenta os melhores resultados. É nesta idade que o organismo apresenta as melhores condições para a recuperação da cirurgia, onde inchaço e dor são facilmente controlados, mesmo diante da possibilidade da remoção dos quatro dentes em uma única seção. Aliás, este tem sido um procedimento rotineiro nestas situações.

Para pacientes que apresentem um histórico de ansiedade diante de tratamentos odontológicos o uso de anestesia local associada a sedação inalatória por meio de gás, sedação endovenosa ou oral feita por medico anestesista, tem sido uma opção rotineira e muito bem sucedida nestes casos. Este tem se transformado num procedimento cada vez mais solicitado por parte dos pacientes, decorrente da segurança e conforto relacionados.

Para facilitar a elevação do dente muitas vezes opta-se pela odontossecção, que é o ato que visa dividir o dente em fragmentos menores. Este é um passo bastante importante pois diminui o tempo do ato operatório assim como diminui a necessidade de extensa remoção óssea. Estes passos contribuem para um melhor pós-operatório com redução do inchaço e dor. Após a retirada do dente suturas isoladas (pontos) são realizadas com fio não reabsorvível e deverão ser retiradas após um período entre 5 a 7 dias.

Dieta liquida e pastosa, fria, são recomendadas durante as primeiras 48 horas que se seguem ao ato cirúrgico além da aplicação de compressas geladas externas na face, com finalidade de se evitar edema e dor.

Hoje, cada vez mais, os medicamentos vem apresentando melhor eficácia e menos efeitos colaterais. Por este motivo achamos bastante interessante a utilização de determinados remédios no período pré e pós-operatório que visam a diminuição dos transtornos relacionados ao ato operatório. 

A cirurgia, quando realizada no momento oportuno traz os melhores resultados e não tem apresentado complicações e/ou sequelas. A manutenção destes dentes deveria ser desaconselhada, principalmente na vigência de histórico de dor e inchaços previamente relacionados. Exames radiográficos de rotina, principalmente em adolescentes traz a possibilidade de diagnóstico precoce e oferece as melhores oportunidades cirúrgicas.

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